Já comentei aqui diversas vezes o quanto a leitura faz parte do meu cotidiano. E não falo aqui sobre livros e artigos técnicos apenas, mas também livros de ficção, romances, biografias, dentre outros. Aqueles livros que fazem a nossa imaginação voar bem alto, sabe?!

Esse prazer pela leitura não é de agora e não começou na fase adulta. Lembro-me ainda pequeno, sem conhecer todas as letras do alfabeto e as sílabas, folheando livros coloridos e querendo entender o que estava escrito lá. E, dentre esses livros coloridos, Monteiro Lobato sempre esteve presente.

Ah, e você sabia que no dia 18 de abril foi comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil?

Dia Nacional do Livro Infantil: 18 de abril
Você sabe por que a data 18 de abril foi escolhida para celebrar o Dia Nacional do Livro Infantil? Foi porque nesse dia, em 1882, nascia o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira.

Assim, é uma data que celebra esse tipo de literatura e homenageia esse escritor. Mas você sabia que Monteiro Lobato também escreveu outros tipos de textos para além de histórias infantis?

Um pouco sobre Monteiro Lobato
Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (interior de São Paulo). Desde muito cedo já demonstrava gosto pela leitura e pela escrita, ainda nos tempos de escola, escrevendo para jornais acadêmicos quando adolescente.

Ele acabou por cursar Direito na Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo. Mais tarde, foi nomeado promotor público na cidade de Areias, no interior do estado, mas não exerceu a função por muito tempo. Após a morte do avô, mudou-se para Buquira (hoje Monteiro Lobato), para morar em uma fazenda que herdara.

Ali iniciou sua projeção como grande escritor. Com base em personagens reais, criou o mundo fantástico do Sítio do Picapau Amarelo e fez a denúncia da exclusão social com artigos para o jornal O Estado de S. Paulo. Esses textos, protagonizados pela figura de Jeca Tatu, formariam seu primeiro livro Urupês, em 1918.

Ao longo da sua trajetória, Monteiro Lobato esteve envolvido em algumas polêmicas, principalmente no campo político. Morreu em 1948, com 66 anos, em decorrência de um derrame.

Uma viagem pelo Sítio do Picapau Amarelo
O Sítio do Picapau Amarelo é uma obra composta por uma série de livros (23 volumes), escrita entre os anos de 1920 e 1947.

Os personagens de Lobato ficaram conhecidos por várias gerações de crianças de diversos países. Chegaram à televisão brasileira na década de 60 em forma de seriado.

Acho que todo mundo conhece esse sítio fantástico, não é mesmo?! O sítio leva o nome de Picapau Amarelo e é onde mora Dona Benta, uma idosa de mais de sessenta anos que vive em companhia de sua neta Lúcia (também conhecida como Narizinho) e a funcionária Tia Nastácia. Narizinho tem como amiga inseparável uma boneca de pano velho chamada Emília, feita por Tia Nastácia. E é em torno destas personagens inusitadas (e outras) que as incríveis histórias de Monteiro Lobato se desenrolam.

Dona Amália: a dona Benta de Porto Alegre
No texto passado eu contei um pouco sobre as guloseimas deliciosas de dona Amália, lembram? Dona Amália lembra muito Dona Benta do Sítio do Picapau Amarelo: cabelos grisalhos presos em um coque folgado, mas muito bem-feito, aquele ar de vovó carinhosa que quer sempre fazer lanches gostosos para os netos…

Em uma consulta, logo no início, eu comentei que estar com ela me remetia à minha infância, pois ela me fazia recordar do Sítio do Picapau Amarelo. Ela deu uma grande e gostosa gargalhada e confidenciou-me: “Dr. Rogério, meus netos realmente me chamam, carinhosamente, de Dona Benta. E, para mim, carregar este apelido é uma honra”.

Por isso, meus amigos e minhas amigas…. qual é minha provocação para este final de semana? Vamos ler uma história infantil bem gostosa para nossos filhos, netos, sobrinhos, afilhados? Vamos resgatar esse hábito delicioso da leitura com nossas famílias e amigos!

Bom final de semana!