No dia 22 de maio (amanhã) será comemorado o Dia Nacional do Abraço. Eu tive contato com esta data, mais ou menos, há uns 3 anos e fiquei muito curioso (vocês já me conhecem!) para entender mais a origem desta data. E óbvio que fui dar uma pesquisadinha.

Segura no meu braço e vem comigo nesta viagem!

22 de maio: Dia do Abraço – vamos espalhar abraços?
Esta data surgiu do outro lado do mundo, mais exatamente na Austrália. Foi uma iniciativa de Juan Mann, que criou a campanha Free Hugs Campaign (Campanha dos Abraços Grátis) em 2004. O seu objetivo era de distribuir abraços gratuitos pelas ruas de Sydney para influenciar as pessoas a reproduzirem esse gesto de carinho.

A campanha ficou famosa quando Juan ofereceu um abraço ao líder da banda Sick Puppies, que o chamou para gravar um videoclipe com o grupo. Depois, a iniciativa se popularizou e começou a ser realizada em outros países, como é o caso do Brasil, Portugal, Espanha, dentre outros.

Também… fácil espalhar esta ideia, não é mesmo?! Quem não curte um abraço bem gostoso e apertado?

Dentro dos meus braços, os abraços hão de ser milhões de abraços
Tem uma frase de uma psicoterapeuta norte-americana chamada Virginia Satir que diz assim:

“Precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver. Precisamos de 8 abraços por dia para nos manter. Precisamos de 12 abraços por dia para crescer”

Bem poético, não é mesmo?! Mas você sabia que o abraço pode sim fazer bem para a saúde?

Diversos estudos indicam que o abraço pode ser benéfico para a saúde em geral, além de ser uma espécie de aliviador da ansiedade. Foi comprovado que o toque de uma mãe em um bebê auxilia no sono e ajuda a acalmar a criança, reduzindo a ansiedade.

Por que isso acontece? O hormônio ocitocina, muitas vezes chamado de hormônio do amor e da felicidade, é produzido quando abraçamos outras pessoas.

E você sabia que a ocitocina promove a sensação de confiança, empatia, memórias positivas, estabilização emocional, bem-estar, relaxamento e muito mais?!

Além disso, é importante lembrar que o abraço é processado pelo sistema nervoso como uma espécie de recompensa. Por isso, tem um impacto importante nas pessoas, fazendo com que tenhamos uma sensação de felicidade e alegria. Ah, e não importa se estamos abraçando ou sendo abraçados: a simples conexão física com o outro já nos deixa MUITO mais felizes.

Por todos estes motivos, os abraços podem ser super importantes no tratamento da depressão.

Xô, stress!
Alguns estudos também encontraram evidências de que as pessoas que foram mais abraçadas na infância demonstram menos sintomas de stress na vida adulta.

Outro benefício do abraço é que ele ajuda a relaxar os músculos, ajudando a liberar e diminuir a tensão no corpo, deixando-nos mais calmos e relaxados. E tem mais: os abraços foram incluídos na mesma categoria do riso e da meditação. Interessante, não é mesmo?!

Seu André e os seus famosos abraços
Há muitos anos tive um paciente chamado seu André. Eu adorava quando ele vinha para as consultas: ele era bem alto, totalmente careca, físico forte, usava uns óculos de armação bem fininha e tinha um sorriso largo.

Desde a primeira consulta, ele já veio falar comigo e me abraçando. Achei super curioso, pois as pessoas perderam, com o tempo, este hábito de abraçar. E todas as consultas ele chegava com um sorrisão e já me dava aquele abraço de dois tapas nas costas.

Na terceira ou quarta consulta, comentei: “Por isso, seu André, que você aparenta ter essa saúde de ferro: o abraço é um poderoso ´remédio´”. E aí comentei sobre alguns estudos. Ele deu uma gargalhada, uma piscadinha marota com um dos olhos e disse: “O senhor descobriu o meu segredo da juventude!”. E rimos os dois!

Por isso, meu amigo e minha amiga, que tal espalharmos esse “segredinho” do seu André? Que tal espalharmos mais abraços por aí? E você já sabe: como diz a Virginia Satir, precisa ser 12 abraços por dia, combinado?! Topa este desafio?

Bom final de semana!